Cobertura Pra Tortas Salgadas (Glacê Salgado)
Marisa Monte tinha vinte e três anos e eu 25 na única vez que nos encontramos. Amadureci, ela envelheceu. Perdeu o perfume de novidade e exclusividade. Continua “insuportavelmente estratégica”, na definição cirúrgica do camarada Alex Antunes. Navegue para este site -moderno, como se dizia nos anos oitenta. É o exato tipo de conduta que eu de imediato achava bestinha em janeiro de 1991, quando entrevistei Marisa, a entrevista mais desagradável da minha existência.
Hoje imagino quanto foi perniciosa. Mas quem foi rainha não larga a rapadura, opa, não abandona a majestade. O site de Marisa diz que ela está trabalhando no novo álbum com “especialistas em cultura digital”. Ela não percebe como isso soa desesperado? Desconfio que não percebeu que o único ás que tinha na manga deu tão direito que deu errado. recursos adicionais , hoje está cercada de idênticos, em todos os sabores, e de dez a 20 anos mais jovens que ela – zilhões de cantoras ecléticas, bandinhas indie-folk-maracatu, rappers que cantam pra moças da FAAP e congêneres. Artigo relacionado a isto insiste em constituição de Arnaldo Antunes, insiste em arranjos limpinhos, insiste em caetanices.
Marisa era MPB demais para a Bizz, no entanto artefato pop envolvente, com seu segundo e esperado disco chegando à praça, Mais. Entrevistada pelo editor da revista, um cabeludo que gostava de uma encrenca, seria mais digerível pro leitor. JAL não era mole não. A assessoria da gravadora marcou o encontro, 3 da tarde, no estúdio onde depois ela vai recolher as fotos pra matéria, pode ser? Sentamos, liguei o gravador, puxei o bloquinho, e 10 minutos depois ela simplesmente transferiu a entrevista para a sala de maquiagem.
Tive muita desejo de suspender e ir a despeito de, porém não tive coragem. Era trabalho, era a capa da revista, e eu tinha que transmitir. Fiquei uma vara, porém engoli o orgulho e fui até o término, e de lá para o show do Sepultura no Maracanã. Nosso Site , embalando ressaca brava (na piscina do Copacabana Palace, onde estava hospedado; rockstar days), compus mentalmente um ataque histérico a Marisa e tudo que ela representa. Uma semana depois, ele se metamorfoseou em um quase “fluff piece”, que é como os gringos chamam este tipo de perfil condescendente com o perfilado, característico das Vanity Fair da vida.
Me rendi ao planejamento militar com que conduzia tua carreira, à sua pretensão desmedida, à sua antipatia tão carioca, tão referência . E me submeti à indispensabilidade profissional de transmitir o que me tinha sido encomendado, como faria tantas vezes depois, e ainda faço, droga. Reli ontem na primeira vez em duas décadas o postagem, graças aos amigos da comunidade Bizz do Facebook, que desenterraram o texto. https://acetravelssrilanka.com/o-que-fazer-com-o-teu-proximo-refeicoes-depois-de-ter-feito-um-churrasco-sugestoes/ , entretanto tem seus momentos premonitórios.
- ½ xícara de vinho branco
- Pizza de sardinha e espinafre
- 2 visite aqui
- dois batatas adocicado cortadas em pedaços
- 2 xícaras de chá açúcar de confeiteiro
- 1 copo (americano) de chocolate em pó
- 100 g de farinha de Trigo
No final da entrevista, ela dizia que teu serviço só poderia ser “daqui a uns 20 anos, no momento em que eu de fato tiver uma carreira atrás de mim”. O dia chegou, tua carreira de fato ficou pra trás, e irei bater o martelo sobre isso Marisa Monte: caso encerrado. Marisa Monte odeia apresentar de sua vida pessoal.
Explicar tintim por tintim o arranjo vocal de uma nova canção, tudo bem. Mas ouse encostar cenário um pouquinho mais fútil – digamos, o batom que ela prefere pra realçar sua famosa e kabukiana boca (Cassis, da Payot) -, e a residência cai. Um falando sobre , ao saber que eu ia enfrentar a fera, contou que uma vez Marisa cortou uma pergunta tua citando “se quer dizer de música, tudo bem. Se não, a entrevista acaba prontamente”.